Como decidi pedir demissão?

Muitas pessoas têm me perguntado sobre como tomei a decisão de pedir demissão do escritório no qual eu trabalhava, sem ter nada fixo no lugar.

É, para quem não sabe, hoje faz 3 semanas que eu parei de trabalhar no escritório que trabalhava há praticamente dois anos e no qual eu tinha grandes chances de ser efetivada, uma vez que me formo em menos de seis meses.

Uma coisa eu posso dizer: não foi fácil.

Tomar essa decisão foi mais difícil do que terminar um relacionamento.

Eu sabia há um tempo que eu não estava mais feliz trabalhando em escritório. Não tinha relação nenhuma com o ambiente de trabalho, mas sim com a sensação de estar presa e de não estar oferecendo nada de útil para o mundo, afinal eu trabalhava principalmente para grandes empresas e instituições financeiras. Não é a área mais legal e definitivamente não é uma área na qual você pode ajudar pessoas que precisam de ajuda.

No entanto, o que mais pesou de verdade foi a questão da cultura de escritório em si, a qual existe em qualquer escritório de advocacia em São Paulo.

Na realidade, o trabalho em excesso é uma cultura própria de São Paulo inteira, né?

De qualquer forma, o que importa é que eu precisava de liberdade, eu precisava ser dona do meu tempo para fazer as outras coisas que me interessam, para cuidar de mim.

Eu gosto de trabalhar, sempre gostei. Não pedi demissão para ficar o dia inteiro em casa assistindo seriado.

Mas eu precisava de liberdade - afinal de contas sou aquariana, mores.

Mas não foi fácil, é difícil sair da sua zona de conforto, da segurança. Porque apesar de eu saber que não estava feliz, eu tinha meu emprego, eu ganhava bem, tinha chances de crescer dentro do escritório.. Então eu estava cômoda. Todavia, eu não estava feliz.

Demorou, mas eu tomei a decisão.

E o que eu posso dizer depois de três semanas é que foi uma das melhores decisões da minha vida, me desprender do medo, do ego e seguir minha intuição, buscar minha felicidade aqui e agora.

Agora eu tenho tempo para focar em mim, para apreciar o céu no meio de uma tarde de terça-feira. Tenho tempo para focar nos cursos que eu estou fazendo e nos meus outros interesses, como astrologia, espiritualidade, yoga, teatro, artes.

Ainda trabalho com direito, como autônoma. Mas também posso trabalhar com várias outras coisas e essa é a ideia (já estou lendo mapa astral, quem quiser inclusive vem falar comigo; já estou vendo um lugar para dar aula de yoga para crianças; entre outras coisas), porque agora posso me organizar para isso. Posso trabalhar de madrugada se eu quiser, sou dona do meu tempo. Tem maior riqueza do que isso?

Aquela ansiedade por ter tudo planejado e saber exatamente o que eu vou estar fazendo amanhã, depois e o resto da minha vida, de saber quanto dinheiro vai ter na minha conta no final do mês amenizou, muito!

Eu estou deixando "a vida me levar", vendo as oportunidades que ela me oferece. E muitas oportunidades têm aparecido. Nesse tempo já até trabalhei como modelo, rs. (aliás, me contratem)

Em suma, o que eu queria deixar registrado, como conselho para quem está passando por um processo parecido é que, para nos transformarmos, as vezes é preciso deixar algo morrer (papel de Plutão no nosso mapa astral) e que quando você age com amor, seguindo seu coração e deixando as coisas fluírem, as coisas fluem. O Universo vai te trazer o que você está atraindo, porque você está fazendo com amor, despertando sua luz interior em encontro com seu dharma (missão).

O resultado disso é muito gratificante e libertador.

Dica de livro para ajudar nesse processo: O Propósito - Sri Prem Baba.

Dica de pergunta para fazer a si mesmo: Se não fosse pelo dinheiro, eu estaria aqui?



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